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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Introdução ao Aquarismo Marinho - Parte 2 - Substrato

Na última postagem, falei sobre os parâmetros da água. Um outro cuidado que necessitamos ter, é sobre o tamponamento desta água, ou seja, a capacidade dela manter estável o pH. Um fator que auxilia neste tamponamento, é o substrato. Normalmente se usa substratos a base de Carbonato de Cálcio ( CaCO3), pois ele tem a capacidade de ir liberando Cálcio ao sistema ( que é muito utilizado pelos corais, e este elemento junto com o Magnésio, compõe a alcalinidade (KH). Quanto mais alto este parâmetro (relembrando que o ideal é de 7-10dKH), menor será a variação do pH. (falarei sobre a química envolvente dentro do aquário em outra postagem).

No mercado, se encontra substratos próprios para aquários marinhos diversas granulometrias, sendo as mais comuns #1 #2 #3 e #4 alguns chegam até a #8 ( que eu saiba). Estas variedades estão diretamente relacionadas com o tamanho dos grânulos do substrato, quanto menor este número, menor os grãos. Como o aquário marinho exige uma circulação de água relativamente forte ( comentarei na próxima postagem), os substratos de granulometrias #0 tem costume de ficar “levantando”, deixando a água com aspecto de suja, com grânulos em suspensão. Uso em meus aquários, substratos de granulometrias misturadas entre #1 e # 3 em um aquário, e apenas #2 em outro .

Dentre os substratos mais comuns, temos a Aragonita, Halimeda (venda proibida), Samoa Pink, Crushed Coral, entre tantos outros. A escolha é uma coisa muito pessoal, vai do gosto. Utilizo Samoa Pink#2 num aquário, e Halimeda #3 + Crushed Coral #1 no outro.


Black Sand ( Vulcânico)*
Samoa Pink*
O substrato existem em diversas cores, desde com tons rosados (Samoa Pink), até negro (rocha vulcânica). Porém este ultimo não é com base calcária, ou seja, precisaria de algo que fosse capaz de tamponar o sistema.A quantidade do substrato, vai do gosto também, mas claro, que dependendo a quantidade, precisará investir em equipamentos mais potentes. O Substrato, é onde ficam abrigado as bactérias responsáveis pelo ciclo do nitrogênio (citarei em outra postagem), em resumo, transformam Amonia em Nitrito e depois em Nitrato, com a finalidade de diminuir a toxicidade dos compostos liberados pelos animais. Se um aquário tem pouca área para as bactérias ( se bem que elas ficam nas rochas também), precisará investir num filtro (Skimmer) melhor.
*: Fotos retiradas da Internet!
*: Fotos retiradas da Internet!



Dependendo a quantidade de substrato, recebe um nome. Entre eles existem:
  • DSB: em inglês: “Deep Sand Bed”, ou seja um aquário com uma camada alta de substrato (8-12cm)
  • BB: em inglês: “Bare Botton”, que seria uma montagem na qual não usaria substrato;
  • FSB: em inglês: “Fake Sand Bed”, que seria uma montagem que usaria outros materiais no local do substrato (entre os materiais, seria uma mistura de cimento, ou uma placa de algum poliestireno);
  • SSB: em inglês: “Shallow Sand Bed”, que seria uma montagem na qual teria apenas uma camada de substrato fina, sem finalidade tamponadora, apenas estética. Esta camada em média tem 1-3cm.
Falarei mais detalhado destas variações perante a quantidade de substrato em próximas postagens.

Bom, por hoje é isso. Espero que tenham gostado.


"Aquarismo de verdade, é aquarismo consciente." 
Humberto Rodrigues Junior
Contato: humbertor.jr@hotmail.com
Tlfn. +34 603 233 449
Centro de Pesquisas Marinhas - Vigo - Espanha


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